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Assembleia aprova venda do Clube Caixeiral por R$ 8 milhões

Um dos prédios históricos mais icônicos do centro de Santa Maria e que presenciou inúmeras festas, bailes de gala e de Carnaval será vendido. Em assembleia, realizada na noite de sexta-feira, os associados do Clube Caixeiral Santamariense aprovaram a venda da sede da entidade, que fica na Rua do Acampamento, esquina com o largo da Rua Alberto Pasqualini. Segundo o presidente do clube, Lauri Potter, a decisão foi tomada por meio de associados presentes e por meio de procurações obtidas com outros associados. É que eram necessários os votos de pelo menos 50 integrantes da entidade. O valor da venda será de R$ 8 milhões, para um grupo de investidores de Porto Alegre, segundo Potter.

 Ele não quis revelar detalhes do destino do prédio, mas cogita-se duas hipóteses: para uma grande loja de departamentos ou para um shopping. Porém, a fachada, a escadaria interna e adornos precisarão ser mantidos, pois o prédio é tombado pelo patrimônio histórico municipal. O estilo arquitetônico do Caixeiral é Eclético, antes do Art Déco.

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De acordo com Potter, com esse valor o clube vai comprar um terreno com frente para a Avenida Borges de Medeiros e fundos para a Rua Quintino Bocaiúva, que fica na quadra entre a Silva Jardim e a Daudt. No local, funcionava antigamente uma sucata. Como devem sobrar ainda R$ 5,5 milhões, a intenção é utilizar esse dinheiro para construir uma nova sede do Caixeiral nesse terreno.

Segundo Potter, a ata da assembleia será registrada em cartório e, em seguida, vai prosseguir o trâmite para concretizar oficialmente a venda da sede do Caixeiral. O edifício foi inaugurado em 1926, mas a entidade é uma das mais antigas de Santa Maria, fundada em 21 de janeiro de 1886. 

TENTATIVAS 

A venda do prédio é uma tentativa da direção de evitar que ele acabe se deteriorando ainda mais ou ruindo. Em 6 de fevereiro de 2018, parte do telhado desabou porque um pilar teria cedido. A direção alegou, na época, que não tinha dinheiro para a recuperação. Em maio de 2019, o clube anunciou que havia chegado a um acordo com o empresário Nilvo José Dornelles, que iria bancar a reforma do prédio e passar a realizar festas no clube. Porém, um impasse jurídico envolvendo um empresário que antes alugava parte do prédio acabou impedindo que a negociação com Dornelles se concretizasse. 

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Depois, em janeiro de 2021, mais uma parte do telhado desabou e a prefeitura chegou a interditar a fachada e, ao longo do ano passado, obteve decisão na Justiça para obrigar o Caixeiral a reformar o telhado, sob pena de multa diária. A direção do clube alegou, na época, que não tinha verbas para consertar o prédio e que a saída viável seria a venda para algum investidor poder recuperar o telhado e reformar o prédio. 

Na época, a direção informava que corretores haviam feito duas avaliações para o imóvel. Uma de R$ 10 milhões e outra de R$ 15 milhões. Em 2021, chegaram a ser realizadas duas assembleias para autorizar a venda para um grupo de investidores de Porto Alegre, mas sem sucesso. Na primeira reunião, um associado questionou a negociação. Na segunda assembleia, houve a alegação de que seriam necessários 50 votos para autorizar a venda, mas menos de 20 pessoas estavam presentes. Na última sexta, a assembleia acabou aprovando a negociação.

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